Facebook foi bloqueado temporariamente na Rússia

O regulador de mídia russo Roskomnadzor disse em 4 de março que tinha recebido um status acesso "limitado" a sites de mídia independente, já que as autoridades promoveram esforços aparentes para impedir que os russos tenham acesso a informações externas em meio à invasão em andamento da Ucrânia.

Vários sites RFE/RL e os sites russos da BBC e Deutsche Welle, junto com Facebook, Twitter e lojas de aplicativos da Apple e do Google foram todos bloqueados durante a noite de 3 a 4 de março, de acordo com o grupo de monitoramento da web Global Check e outros indicadores.

Não ficou claro por que os sites de mídia social e as lojas de aplicativos foram bloqueados, embora Moscou tenha disputas de longa data com muitos provedores e plataformas de tecnologia sobre questões de divulgação e dados do usuário.

Os bloqueios começaram durante a noite de 3 a 4 de março e seguem uma semana de ameaças à RFE/RL e outras mídias e fechamentos forçados em meio à cobertura contínua desde que o presidente Vladimir Putin ordenou a invasão em larga escala da Rússia de seu vizinho pós-soviético.

Os sites regionais North.Realities e Siberia.Realities em russo da RFE/RL, os sites do serviço Tatar-Bashkir, azatliq.org, idelreal.org, e o site Caucasus.Realities administrado por seu Serviço do Norte do Cáucaso também estão bloqueados na Rússia.

O site da Current Time, a rede em russo liderada pela RFE/RL em cooperação com a VOA, foi bloqueado pelas autoridades russas desde 28 de fevereiro, embora o serviço tenha publicado métodos para contornar o bloqueio.

Jornalistas da agência de notícias Meduza de língua russa e inglesa, com sede na Letônia, também disseram que "tudo do site da Meduza está bloqueado na Rússia", acrescentando: "Esses tempos vão passar. Continuamos nosso trabalho".

Os escritórios editoriais do Serviço Russo da RFE/RL receberam seis notificações do Roskomnadzor no final de 2 de março, nas quais a agência russa de monitoramento de mídia ameaçou bloquear o site do serviço em meio à cobertura contínua do conflito na Ucrânia.

O serviço informou que Roskomnadzor disse que usaria seus poderes para bloquear notícias no Svoboda.org sobre o bombardeio de Kharkiv, na Ucrânia, bem como a invasão de alguns sites russos por hackers simpatizantes da Ucrânia e material sobre reações de mídia social às hostilidades.

O regulador de mídia disse que os materiais "forneciam informações deliberadamente falsas e socialmente significativas sobre o suposto ataque da Rússia ao território da Ucrânia" de maneiras que poderiam "criar pânico entre as pessoas".

O Departamento de Estado dos EUA acusou nesta semana Moscou de montar "um ataque total à liberdade de mídia e à verdade", enquanto as autoridades procuram "enganar e suprimir" informações sobre a guerra.

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