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50 anos depois de queda de avião, a única sobrevivente conta sua história

Juliane Diller no local do acidente

Juliane Koepcke (hoje mudou para Juliane Diller), aos 17 anos de idade, esteve presente em um acidente aéreo. A adolescente passou vários dias sozinha na floresta Amazônica, depois do acidente aéreo que matou seus pais e quase todos que estavam presentes no voo. Quase 50 anos depois da tragédia, Juliane quebrou o silêncio e contou sua história.

Em 1971, na véspera de Natal, Juliane e seus pais embarcaram no voo 508 da LANSA. Em menos de 1 hora de voo, uma tempestade atingiu o turboélice com 6 tripulantes e 86 passageiros a bordo, em meio a uma grande turbulência, Juliane se viu em uma queda vertical na aeronave.

Juliane quase nunca falou sobre o assunto do acidente. Em 1998, quando o diretor de cinema Werner Herzog  tentou convencer Juliane a falar sobre a tragédia e fazer um documentário sobre a história dela e sobre o que aconteceu naquele dia. Werner disse que quase embarcou no mesmo voo que Juliane, naquele dia fatídico.

Juliane conta que se lembra do avião em uma grande turbulência, e um raio atingiu a asa direita do avião, e ela se lembra da sua mãe dizendo que tudo ficaria bem e depois todos os presentes de natal começaram a cair do bagageiro. Ela se lembra de segundos antes do avião cair, da sua mãe dizendo: “agora está tudo acabado”. Depois da queda do avião, Juliane não se lembra de quase nada, ela apenas viu que estava ao ar livre.

Ela se recorda de acordar ouvindo os sons dos pássaros, com muitas dores no corpo, ainda presa ao assento da aeronave e com o seu vestido rasgado. Juliane caiu em cima das folhagens densas da floresta, no qual amorteceu a sua queda.

Ainda em choque e sem entender o que havia acontecido, Juliana se encolheu na sua poltrona e ficou lá na mesma posição durante 1 dia e uma noite inteira, ela só se deu conta quando viu que estava coberta de lama e escutou os sons dos animais na natureza ao seu redor.

Juliane teve alguns ferimentos que não foram tão graves, uma clavícula quebrada, um joelho torcido e cortes no ombro direito e na panturrilha esquerda, um olho inchado e fechado e seu campo de visão no outro reduzido a uma pequena fenda. Para Juliane o que ela sentiu mais falta, foram seus óculos, já que ela era míope.

Mesmo sem estudar nenhuma técnica de sobrevivência, Juliane encontrou um rio e  sabia que se ela seguisse o rio encontraria presença de outras pessoas. Ela desceu o fluxo do rio por 11 dias, até ser encontrada por madeireiros que levaram ela até um hospital.

Juliane ainda teve forças para ajudar a equipe de resgate, mas infelizmente ela foi a única sobrevivente do acidente aéreo. Juliane repete a todo momento a seguinte frase: “A selva me salvou”.

Depois do acidente, Juliane fez uma promessa dizendo que, se ela sobrevivesse, ela dedicaria a vida a uma causa que servisse a natureza e a humanidade. Juliane foi morar na Alemanha com os seus avôs e se tornou uma bióloga tão respeitada quanto os seus pais. 

Nos anos 2000, Juliane voltou a morar no Peru, e assumiu um trabalho no mesmo local em que seu pai trabalhava, e no meio da floresta em que salvou sua vida. Juliane trabalha com a preservação da floresta Amazônica.

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