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Oymyakon: A cidade mais fria do planeta

Oymyakon: A cidade mais fria do planeta
 
Oymyakon é o pólo do frio, um dos lugares mais severos da Terra, porém neste lugar as as pessoas vivem e trabalham constantemente. As crianças vão para a escola a -50°C, riachos não congelam nem a -70°C e na rua você pode encontrar mulheres com meias de náilon. Pesquisadores coletaram fatos e opiniões de residentes locais sobre esta região russa única, que está se tornando popular entre turistas.

Uma população de 512 pessoas vivem na aldeia Yakut de Oymyakon, (de acordo com dados de 2012). Basicamente, as pessoas trabalham na criação de gado, criação de renas e pesca. No verão os residentes vão buscar feno nas chamadas anuais. Existe civilização em Oymyakon: há internet, comunicações celulares e até mesmo um aeroporto que foi criado durante a Segunda Guerra Mundial. Tem escola, hospital, clube, jardim de infância, escola de música, biblioteca, padaria, posto de gasolina, ginásio e lojas. Os preços são mais altos do que em Moscou! Por exemplo, um pão custa 50 rublos (R$3,53 reais).

O dia mais curto de dezembro dura três horas. Mas no verão, há noites completamentes claras (luz o dia todo). O verão é caracterizado por uma grande diferença de temperatura: durante o dia pode ser +30°C, e à noite, abaixo de zero. A escola primária é cancelada apenas se a temperatura chegar a –52°C. 

A aldeia está localizada a uma altitude de 741 m acima do nível do mar em uma bacia onde o ar frio flui no inverno. Não há vento, mas, como dizem os moradores, o frio estagnado penetra direto. A temperatura mínima, de acordo com diferentes medições, varia de –77,8°C a –82°C. Cientistas e meteorologistas estão em constante disputa sobre qual assentamento em Yakut deve ser considerado o principal pólo norte do frio: Oymyakon ou Verkhoyansk. De acordo com os dados mais recentes, o mínimo anual absoluto em Oymyakon é 3,5°C mais baixo do que em Verkhoyansk. 

A diferença de temperatura entre o verão e o inverno chega a 104°C, segundo esse indicador, Oymyakon ocupa uma das primeiras posições do mundo. + 34,6°C foi a temperatura mais alta registrada no verão de 2010. De 213 a 229 dias por ano há neve em Oymyakon. Os caminhoneiros de Yakut não desligam seus motores durante meses.

Oymyakon tem uma natureza bela e única: há riachos que não congelam em uma geada de 70 graus e gelo que não derrete com um calor de 30 graus! Recentemente, o turismo se desenvolveu muito por lá: estrangeiros e viajantes russos de todo o país vão visitar o local. 

As atrações locais incluem museus, acampamentos GULAG, a rocha Moltan e o lago Labynkyr cheio de segredos e lendas e, é claro, toda a geada em si. Na primavera, o festival "Oymyakon - Pole of Cold" é realizado anualmente e atrai pessoas de todo o mundo. Os turistas são aconselhados a vestir-se bem: calças de algodão, gorros, suéteres de pele, botas de pele de rena e um lenço com que enrolar o rosto não atrapalham.

As crianças pequenas se vestem de acordo com o princípio do repolho, deixando apenas os olhos abertos, só é possível andar de trenó, pois bebês dificilmente conseguirá andar sozinhos. A escola primária só é cancelada a –52°C. A -56°C, a escola inteira não abre. As crianças aguardam ansiosamente por essa temperatura para que possam passar o curto dia polar ao ar livre, rolando ladeiras abaixo.

Os carros são estacionados em garagens aquecidas para que os motoristas consigam ligar seus carros. Se não houver garagem, o motor pode ser desligado. Fogões adicionais são instalados nas cabines, gasóleo do Ártico é usado (gasóleo é misturado com querosene). Muitos motoristas fazem um tubo especial feito em casa para combustível de aquecimento. Os caminhoneiros de não desligam os motores durante meses.

De todos os animais, apenas cães, cavalos e renas suportam o frio em Oymyakon. Vacas só podem ser liberadas do estábulo aquecido a –30°C, colocando um sutiã especial no úbere para que não congelem. Gatos não são permitidos fora de casa no inverno, mas se o animal pular para fora por contat propria, o congelamento dele é garantido. Cães são permitidos em casa ou na garagem em dias muito frios, mas o resto do ano eles vivem ao ar livre.

Os residentes locais afirmam que: em geadas severas (-65°C), se bater com força contra metal, é gerado faísca, o que torna muito perigoso o uso de postos de gasolina; a vodka congela no frio, termômetros congelam; a polícia não tem cassetetes, no frio eles endurecem e explodem com impacto, como vidro; o peixe, retirado da água na geada, vira vidro em 5 minutos; os moradores removem a roupa lavada do lado de fora para congelar. 

Depois de um minuto, eles retiram as roupas do varal e elas ficam parecendo com uma estaca de gelo. As roupas tem que ser recolhidas em duas horas com muito cuidado, caso contrário, pode quebrar a fronha ou arrancar a gola da camisa. Por causa do permafrost, se torna difícil cavar sepulturas. As pessoas rezam para que seus entes queridos não morram no inverno.

Os adultos vestem-se com casacos de pele, casacos de penas, gorros de pele, botas altas de pele de rena, colocam dois ou três pares de collants, calças e meias. Um chapéu na testa e um lenço na ponta do nariz. Mesmo se vestindo preparanto, existem casos de congelamento. Porém, nada mudará a natureza feminina: houve casos em que mulheres a -50°C vestiram meia-calça de náilon sob um casaco de pele e conseguiram passear sem congelar.

Não há estação ferroviária na cidade e todos viajam de carro pela "Estrada dos Ossos", que leva o nome dos construtores que morreram ali durante o Gulag Stalinista.

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