O território peruano há muito que vive um potente regime de instabilidade política, isso é resultado, outrossim, das apurações sistêmicas referentes a intervenção da Lava-jato que, tal como em vários países, também fixou-se na nação. As vicissitudes trouxeram consigo efeitos drásticos tal como o suicídio do ex-presidente Alan Garcia e, ademais, as cassações e prisões de alguns dos últimos ex-presidentes do Peru.
Depois de sofrer a terceira tentativa de impeachment em apenas um ano e quatro meses, nessa quarta-feira (7), o presidente peruano Pedro Castillo, proclamou a desintegração do congresso, ao mesmo tempo declarou estado de emergência no território nacional a partir das 22h00 às 04h00 horas. Em sua pronunciação, o presidente Castillo disse que governaria por editos administrativos até a concretização do próximo processo de votação presidencial no país.
O procedimento foi interpretado pelos demais poderes como um empreendimento de um golpe de Estado, isso tanto pela oposição do governo quanto também por uma fração dos aliados de Castillo. Uma parcela dos membros do partido Peru Libre, partido de Castillo, repugnaram o mecanismo utilizado pelo até então chefe de governo. O artifício articulado pelo dirigente do poder executivo sucedeu pouco tempo antes do tal passar pelo seu terceiro processo de destituição instaurado pelo congresso, o processo mais uma vez aberto no congresso visava destituí-lo do seu cargo governativo com uma vaga alegação “incapacidade moral” do exercício de suas funções.
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